Continua a aventura de tornar esta casa na "nossa casa" e não apenas um habitáculo que nos abriga, uns dias mais do que outros, mas nos acolhe e dá o que pode.
Temos vindo a conhecer-nos, descobrimos-lhe uma personalidade vincada, mas damos atenção aos detalhes, valorizamos as diferenças, atenuamos os defeitos e vamo-nos habituando.
A M, é a que mais tem estranhado, sem memórias doutra casa que não a anterior, sente falta do sol que lhe invadia o quarto e de mais espaço por onde se esticar.
Bem gostaria que recordasse, tal como eu ( tanto, que às vezes parece-me que ainda a sinto), os nove meses que viveu em mim, no espaço mais exíguo de todos, escuro, barulhento e húmido, apertado demais para quem gosta tanto de espaço, mas onde a sabia protegida e confortável, apesar de tudo.
Mas como uma casa assim perfeita, jamais lhe poderei voltar a oferecer, espero pelo dia em que se sinta bem nesta ou noutra que venhamos a ter.
E que os dezasseis anos que está prestes a festejar lhe ensinem que a melhor casa de todas será sempre a que traz com ela, o seu corpo.
Por agora tudo nos parece ainda temporário. Nada que o passar do tempo não consiga amenizar e apesar do Inverno trazer com ele esta típica melancolia, há-de vir a Primavera e com ela o sol, capaz de tudo dissipar.
E está-se tão melhor aqui...
Que sejam sempre a casa uma da outra. Um abraço*
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