Sangue verde

11 outubro 2015






Pela necessidade que tenho de me ver ao ar livre, pelo que sinto quando estou diante duma paisagem de serra, pela falta que me faz respirar o cheiro do pinhal, pela obsessão em ter plantas a germinar, por perceber que carrego folhas de árvores em todos os cadernos que uso, porque o meu maior álbum de fotografias tem por título natureza, por escolher o caminho de terra ao passeio de cimento, por preferir viver na cidade mas não conseguir passar muito tempo sem ir ao campo.

Por tudo isto e muito mais. 
Cada vez tenho mais a certeza que o que me corre nas veias é verde.

3 comentários :

  1. dado o numero de folhas e flores que recolhe no caminho até casa, acho que estou a criar um rapazola com sangue verde... !
    beijinhos da costa alentejana, Xana

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  2. Identifico-me tanto com o que escreveste. Toda minha ansiedade existencial só se dissipa em meio ao verde. É uma sensação de encaixe. No entanto, preciso do urbano para sobreviver. Já vivi perto do campo duas vezes, adorava certos aspectos de tal vida, mas sentia-me isolada, desconectada. É um sentimento paradoxal.

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  3. Xana é muito bom saber isso... : ) Ainda esta semana me espantei com uma conversa de café em família, em que uma miúda à volta dos dez anos, que perguntava à avó o que era uma aldeia!

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