Fora da terra

01 setembro 2015


Não tenho uma alimentação unicamente vegetariana, mas quase. A pouco e pouco e por diversas razões, tenho tornado a minhadieta mais restrita e é cada vez mais à base de cereais, fruta e legumes que me alimento.

Para acompanhar os cereais faz-nos falta, cá em casa, algo semelhante a leite que não tem de ser obrigatoriamente de vaca. Temos experimentado fazer de côco, aveia e desta vez de arroz.

Apesar de saber da existência de variadas receitas, cada uma mais complexa que a outra, algumas com a adoçantes, outras sem, adicionando amêndoa, amendoim, mel...
Decidi não seguir nenhuma e ir pelo caminho mais simples.

Cozi 300 g de arroz branco (porque não tinha integral naquele dia) em 800 dl de água, só.
Separei a água do arroz, que reservei para usar no almoço do dia seguinte. Como achei que a água só por si não era suficientemente densa, juntei um pouco do arroz cozido e triturei até liquidificar totalmente (pode usar-se robot de cozinha ou simplesmente um tacho e uma varinha mágica).

Consegue-se obter um leite com a espessura que nós escolhermos, basta apenas adicionar água quente e diluir assim o amido do arroz, o responsável pela goma libertada na cozedura. 
Para comer com os cereais deixei-o ficar mais espesso, fica macio, semelhante a um creme de tapioca, para beber diluí-o um pouco mais.

É mais uma alternativa aos leites comprados, quase todos com aditivos e bastante açucarados.

A minha malga de cereais nova veio daqui, uma loja com coisas simplesmente bonitas.

Do mundo ao contrário, trouxe mais um exemplo de que é possível as coisas serem duma outra forma, que não a mais convencional.
Foi-me oferecida e prometi tratar dela o melhor que sei, como não tenho quintal onde a plantar, para já está pendurada num sítio alto, longe das investidas do gato que já lhe provou as folhas e gostou.  

Uma batata doce que germinou fora da terra e assim tem vivido ao longo dos últimos meses. Adaptada a um ambiente diferente do usual, em vez de terra, alimenta-se de sol e ar.

4 comentários :

  1. Conheço poucos blogs (para aí um dois a contar com este) em que o conteúdo e as imagens combinem tão perfeitamente. Saber escrever e fotografar assim devia dar direito a um prémio, ou qualquer coisa do género.

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  2. que marca de arroz integral usas? já experimentei fazer duas vezes (comprei da área viva), mas ainda não acertei com aquilo, nem com a consistência nem com o sabor. parece que fica sempre a saber a velho, como se diz cá em casa...

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  3. Teresa, há várias marcas no mercado... eu como gosto muito dos alimentos o mais integrais possível, costumo comprar das marcas mais conhecidas, mas se tens alguma resistência e não te adaptaste totalmente, aconselho-te a experimentar as marcas brancas, são sempre uma opção mais económica e como os produtos não são tão puros será mais fácil para te habituares.
    No caso do arroz, costuma ser preciso usar o dobro da água e deixar mais tempo a cozer, mas mesmo isso depende muito do tipo de arroz que usas e do gosto pessoal, só experimentando vais acertar no tempero e na cozedura que mais te agrada.
    : )

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  4. Pois, eu da primeira vez não o cozi o tempo suficiente e ficou duro. Mas da segunda até demolhei e tudo e acho que ficou cozido demais, mas com um sabor não muito agradável. Tenho de experimentar até acertar :) obrigada!

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