Da Serra

19 julho 2016










Subir à Serra com o propósito de visitar uma fábrica, conhecer por dentro um projecto com o qual tenho o previlégio de estar a colaborar e tomar-me ainda mais de amores por estas paisagens de lagoas.

Voltar para conhecer uma Serra que só conhecia noutra estação do ano e que desde a infãncia fazia parte dos destinos de Inverno.

Desde há uns meses a trabalhar em exclusivo com fios que têm origem nesta Serra e que ainda trazem com eles, entrançadas nas fibras, pequenas plantas onde as ovelhas pastam, faltava apenas ir ao encontro do espírito deste projecto, cheio duma história que já conta muitos anos.

Há histórias só possíveis de conhecer estado fisicamente nos locais, há fábricas que parecendo museus, são-no duma forma viva e apaixonada, tendo o poder de nos fazer sentir ainda mais orgulhosos das nossas tradições, onde as matérias primas mais simples se transformam nos produtos mais sofisticados, mantendo no entanto toda uma memória colectiva que é visível e se sente a cada toque.

Depois de assistir pela primeira vez a uma tosquia, poder seguir de perto o percurso da matéria prima, desde a cardagem, à fiação até chegar aos produtos finais tem servido para conhecer melhor os materiais que tenho à minha disposição para trabalhar, que são vários apesar de todos serem produzidos a partir da lã.
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A estadia duma noite foi o prolongamento de todo o encantamento, na Casa das Penhas Douradas.
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Nestes dias de calor, passados no centro da cidade, é difícil saber que aqui tão perto há paisagens assim sem ter vontade de voltar para lá e esperar pela chegada do Outono

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