Quem cria asas tem de voar

10 novembro 2015


Um post com três semanas de atraso.

Quando caiu a noite estava encasulada nela própria. Se a minha intuição estava certa aqueles movimentos bruscos, em que de vez em quando se parecia contorcer, eram em tudo semelhantes a contrações.

Ao amanhecer o dia, tinha em casa uma borboleta.

Se as semanas de transformação no sentido de criar asas, foram de espera e ansiedade, a chegada deste dia era motivo de satisfação e curiosidade.
E como se já soubesse para o que vinha e na viagem tivesse aprendido tudo, cheia de sabedoria, fez o que se espera que faça, quem durante tanto tempo se esforçou por criar o que lhe permite voar.

Quem cria asas, tem de voar. 
E voou.

6 comentários :

  1. Estou deliciada a olhar para as fotografias de uma metamorfose maravilhosa.
    Lindo!

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  2. Ohhh que maravilha!

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  3. Dulce08:29

    Tão bonito!
    Gosto tanto da maneira como retratas as pequenas grandes coisas do dia a dia.
    Adorei acompanhar o processo de metamorfose da borboleta! Que lindas fotos! Parabéns :)

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  4. Esta história foi das coisas mais belas que acompanhei nos últimos tempos! As fotos, as palavras, a chegada, a transformação e a partida, fizeram parte de um percurso emocionante e cheio de lições para a vida. Que bom que é voar...

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  5. que bom foi acompanhar esta historia! obrigada pela partilha e que ela voe bem alto e cheia de energia!

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  6. Que lindo!
    Me recordó un texto que Ernest Hemingway escribió sobre su amigo, el escritor Scott Fitzgerald, en el libro "A Moveable Feast":

    “Su talento era tan natural como el dibujo que forma el polvillo en un ala de mariposa. Hubo un tiempo en que él no se entendía a sí mismo como no se entiende la mariposa, y no se daba cuenta cuando su talento estaba magullado o estropeado. Más tarde tomó conciencia de sus vulneradas alas y de cómo estaban hechas, y aprendió a pensar pero no supo ya volar, porque había perdido el amor al vuelo y no sabía hacer más que recordar los tiempos en que volaba sin esfuerzo.”

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