F de F... pras Férias

Quando não estamos a trabalhar num sítio, o habitual, não quer dizer que se esteja parado. Não quer dizer que os dias se passem numa doce inércia, dando passeios tranquilos, aproveitando a proximidade do rio e do mar, dormir sem hora para acordar, ler todos os livros que estão em atraso, diminuir a lista dos filmes, conversar com os amigos... quer dizer, fazer de tudo isto um pouco mas em doses homeopáticas.

Mas para a cura que se desejava, um tratamento de choque era o indicado. Não tenho a receita, mas sei que passaria por ir para longe, muito longe de tudo.

Ficando por cá, mantendo umas mas tentando escapar à maior parte das rotinas, trabalha-se no que se gosta e nos traz prazer, mas trabalha-se. E trabalham-se horas, horas a fio naquilo que gosta, mas que também nos serve de sustento. Há quem lhes goste de chamar hobbies, não, na maior parte das vezes são segundos e terceiros empregos, porque um não chega para nos mantermos financeiramente, nem para nos realizarmos na totalidade.

Mudar de ambiente de trabalho é bom, de ferramentas também, utilizar matérias primas agradáveis como a lã, especialmente agora que faz frio, ainda é melhor, não poder escolher as alturas para essas mudanças, mas ser-se forçado por questões de saúde, já é termos a vida a ser-nos controlada.

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Senti-lo na pele, no corpo dorido, na falta de ar, nas noites em branco, no pânico que já surgia ao acordar, ouvir o corpo dizer baixinho está na hora de parar... não te deixes levar, tudo o sentes é cansaço.