O nosso Pinheiro é um Plátano. É uma árvore feita dum galho do Jardim da Cordoaria, apanhado do chão no ano passado, quando ainda morávamos na outra casa.
A mesa tem a toalha de crochet, os copos e os pratos da avó. Tem a taça dourada da minha mãe, a mesma de sempre e que desde que me lembro apenas sai do armário para a mesa de Natal.
A vontade de fazer postais para comemorar este dia é um costume que estranhamente teimo em não perder.
Decorar com folhas de chocolate, feitas a partir de folhas de tangeriana (seguindo uma receita da Paula) a Tarte de Lima feita pela M e ao mesmo tempo pressentir que um Bolo Rei iria ser destronado.
Ter na mesa todos os doces que são tradição, as Rabanadas e os Bolos de Bolina da minha mãe, a Aletria e os Mexidos que aprendi com a minha avó e pela primeira vez uma sobremesa dela que se sobrepôe a tudo.
Ter na mesa todos os doces que são tradição, as Rabanadas e os Bolos de Bolina da minha mãe, a Aletria e os Mexidos que aprendi com a minha avó e pela primeira vez uma sobremesa dela que se sobrepôe a tudo.
O melhor do dia, reunirmo-nos na cozinha para preparar a seia e passarmos a noite juntos apertados num sofá, a única.
Inventamos uma tradição para esta nova família, um outro Natal, novo, como se fosse possível.
Para mim, tão pequeno como o que resumo aqui, mas grande demais para ser revelado.
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