Entrudo

14 fevereiro 2015



Lembro-me de nunca ter gostado do Carnaval e nunca ter chegado a passar por aquela fase de pedir para me mascararem de alguma personagem especial, pelo contrário, nas poucas fotografias em que apareço mascarada (acho que há apenas uma além desta, a de Minhota carrancuda) nota-se bem que o pedido deve ter sido no sentido contrário. 

Descobrir recentemente esta fotografia num álbum de família, de dois parentes fantasiados de holandeses, fez-me entender um pouco mais a razão desta minha aversão a máscaras. 
Ter três anos e ser obrigada a vestir o mesmo fato usado por um rapaz (porque não o da menina?) há mais de 100 anos deve ser um  motivo mais que suficiente para justificar  esta aversão. 

As socas holandesas já não deviam fazer parte do conjunto do meu disfarce, pois continuo a gostar muito de usar socas na sua versão tradicional portuguesa.

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Ainda sobre o frio e as frieiras e voltando a este post, agradeço todos os conselhos preciosos. Como é óbvio não acredito numa solução milagrosa para todos em geral. Os diferentes tipos de pele, características fisiolóligas de cada um e um cem número de detalhes que nos distinguem, fazem-me crer que será impossível existir um remédio que tenha os mesmos resultados em toda a gente. Daí a melhor solução ser ir experimentando as várias alternativas até acertar numa que resulte connosco.


O meu pai conta que em miúdo a minha avó Ermelinda o mandava ir a uma cangosta específica, colher uns ramos de urtigas, nessa cangosta em especial, sombria e com pouco movimento de pessoas e vacas, as urtigas cresciam à vontade e era certo que não era uma ida em vão. Depois era ele mesmo que aplicava as urtigas nas costas da minha avó com a intenção de lhe activar a circulação. Segundo ele estes tratamentos eram regulares e faziam efeito.


Não cheguei a seguir nenhum destes tratamentos de choque, aliás fiquei-me por um bem levezinho e que vem dos tempos em que era bebé e a minha mãe, na muda da fralda, me besuntava com uma boa camada e ainda a cobria com pó de talco da mesma marca, Lauroderme. 

Dormir com uma boa camada de Halibut (o equivalente usado nas seguintes gerações) nas costas das mãos fez com que as frieiras desaparecessem em poucos dias, não sei se resulta com todos mas comigo foi milagroso. 

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