No meu sentido

03 novembro 2013



Quando ler o que escrevemos nos faz repensar o que dissemos e nos põe a falar de nós, é porque apetece partilhar o momento em que deixamos de nos sentir péssimos para nos sentirmos apenas pessoas, depois de perceber que pode não ser tão mau assim :
Sermos desorganizados, mas capazes de fazer mil coisas ao mesmo tempo, porque aproveitamos todos os momentos livres, nem que para isso tenhamos de carregar sempre connosco o portátil, o caderno, a caneta, o livro que andamos a ler, as agulhas, os novelos e a máquina fotográfica.
Sermos incapazes de levar a cabo um projecto do princípio ao fim, mas realizarmos muitas coisas que nos dão prazer sem me que o trabalho se torne monótono e aproveitando as ideias que vão surgindo.
Sermos destituídos de algum sentido prático, mas sermos capazes de reagir em momentos de pressão e ser bem sucedidos.
Sermos tímidos, autênticos bichos do mato, mas enfrentarmos diariamente o público.
Sermos pessimistas por natureza, mas encararmos o futuro com alguma esperança de que as coisas melhorem.
Sermos inseguros quanto às nossas capacidades, mas não fugirmos com o rabo entre as pernas.
Sermos capazes de estar em silêncio durante horas, mas gostarmos de ouvir os outros contarem histórias.
Sermos tristes, mas mantermos um certo tipo de humor que nos vai tornando capazes de enfrentar os dias de cão.
Sermos pais ou mães sem muito tempo para os filhos, mas sabermos saborear os bons momentos que passamos com eles.
Sermos intempestivos, mas sabermos pôr água na fervura quando achamos que chegou a hora.
Sermos indecisos para tomar certas decisões, mas fincarmos o pé quando temos a certeza do que queremos.
Sermos frágeis, mas perante a maioria passarmos por fortes.
Sermos bons ou sermos maus, mas termos a coragem de ser nós próprios.
...
Lermos o que escrevemos, repensarmos o que dissemos
Quase todos desejamos ser melhores pessoas e trabalhamos arduamente para esse fim, muitas vezes exigindo o impensável e impossível de nós próprios, todos somos diferentes todos os dias e não há um dia igual ao outro, afinal é tudo uma questão de pontos de vista e ainda bem!

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