02 janeiro 2011

A colher de pau




















Esta balança já pesou muito açúcar, muita farinha, muito de muito... veio para minha casa no Natal, trouxe-ma de presente um primo. Lembro-me de ver a minha avó usá-la, embora a minha avó gostasse muito de medir os ingredientes a "olho"! 

Aprendi a fazer os mexidos com ela, de lhe seguir os passos, porque receita escrita não há, eu apenas lhe sigo as pisadas e espero sempre que fiquem como os dela ficavam. Todos os anos os faço, a pedido de todos, mas nem a canela, nem o vinho de Porto, nem um pouco mais de mel lhes trazem aquele sabor, nem escondem o outro que lhes sinto sempre, o da saudade, uma saudade sem tristeza, porque eram bons momentos os que passávamos na cozinha. 

"A colher de pau", descobri-a agora nesta nova edição da Babel, a primeira, da Verbo era de 1966. De Denise Perret, foi adaptado por Maria de Lourdes Modesto e ilustrado por Catherine Cambier. Entre receitas diversas, dos doces aos salgados, tem uma curiosa descrição da colher de pau como sendo um "utensílio que se encontra na gaveta de toda a cozinha que se preza. Serve para muita coisa... mas acima de tudo para mexer molhos. Mas é também uma varinha mágica cuja matéria, que não arranha o alumínio das caçarolas, anuncia o aveludado dos molhos ou o mistério dos guisados. Enfim, objecto poderoso, que conquista o êxito e preside a todos os triunfos culinários!"



3 comentários :

  1. Deliciosas essas ilustrações do livro !
    gosto muito da jarra (?) verde do post ali de cima, o que é ?
    Bom ano !

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  2. ah e quero agradecer-te (mas de uma forma mais pessoal) pelo lindo postal que recebi ... logo o farei ... entretanto aqui fica só um : obrigada pela simpatica surpresa !

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  3. A jarra, cinza, comprei-a na última feira de velharias (há uma por mês), porque me apaixonei... é o romantismo, mais uma vez presente! O vendedor disse-me que era Alemã, não sei, achei-a linda e foi uma pechincha.

    Não tens nada que agradecer! :-)

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