Estes postais fazem parte de um álbum que reúne toda a correspondência, enviada pelo meu bisavô à minha avó materna Maria Amélia, era ela pequenina, durante o tempo em que esteve na guerra em França. As saudades eram com certeza muitas e uma maneira de os aproximar eram os postais enviados, assiduamente, para os dois filhos pequenos que tinham ficado em Portugal. A correspondência é dirigida a cada um deles em particular, há portanto um outro álbum que pertencia ao meu tio avô. O meu bisavô é o senhor fardado que aparece (a imagem é também um postal impresso), muito bem acompanhado, na terceira imagem. A minha avó é a rapariga mais sorridente da segunda fotografia. No dia em que me dispuser a lê-los todos, terei mais historias para contar, histórias de um pai dedicado que, mesmo em guerra e num posto que lhe conferia grandes responsabilidades, ainda tinha tempo para, se calhar ao cair da noite, escrever aos filhos que ainda nem sabiam ler.
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